Potencial energético Brasileiro
Você sabe o que é energia elétrica limpa? O assunto, muito debatido no mundo todo, ainda gera dúvidas. Mas não é tão difícil de entender, principalmente em um país como o Brasil, que tem nas fontes renováveis sua principal matriz energética.
Energia limpa é aquela gerada por fontes renováveis e que não lançam poluentes na atmosfera. Entre as principais formas de produção, estão a energia hidrelétrica, gerada pela movimentação das águas, a eólica, produzida pelo vento, e a energia solar. No mundo, a energia elétrica ainda é, em sua maioria, baseada em combustíveis fósseis e carvão, que emitem uma série de poluentes.
No território brasileiro, ocorre o contrário, pois aqui há a melhor matriz de energia renovável do mundo, segundo o professor Nivalde Castro, que coordena o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel). “Enquanto no resto do mundo é entre 17%, 18%, o Brasil tem 80% de energia renovável”, diz.
Potencial solar
Apesar do enorme potencial do Brasil para a energia solar fotovoltaica, atualmente esta tecnologia é responsável por menos de 1% da geração nacional de energia elétrica – que utiliza fontes hidráulica (73%), térmica (14,6%), eólica (8,2%), nuclear (3,6%), solar (0,4%) e importação (0,2%).
Nos últimos seis anos, porém, este cenário começou a mudar. Consumidores residenciais e empresariais, além de produtores rurais, começaram a produzir sua própria energia, aderindo aos sistemas de mini e microgeração solar fotovoltaica como fonte renovável e limpa para reduzir gastos e garantir autonomia energética, com retorno de investimento garantido, entre cinco e sete anos. Depois desse período, o consumo tem custo praticamente zero, durante 18 a 25 anos. Só os telhados das casas brasileiras, sem usar nenhum metro quadrado a mais de área, gerariam cerca de 164 GW, mais do que a matriz elétrica atual instalada no país (160 GW).
A tecnologia solar fotovoltaica se tornou mais segura para investir, depois que a Agência Nacional daEnergia Elétrica (Aneel) aprovou a Resolução Normativa (RN) 482 em 2012, regulamentando a micro e minigeração distribuída e o sistema de compensação de energia elétrica.